terça-feira, 15 de novembro de 2016

Sexto e último dia na india.

Aproveitei bem o meu último dia em Nova Delhi! Voltei a alguns lugares onde eu já tinha ido e fui conhecer o Parlamento Indiano. Um complexo de edifícios com uma bela arquitetura!

Assim que cheguei no local toda a região estava interditada para a chegada do primeiro ministro indiano. Muita gente no local aguardava com ansiedade a passagem da comitiva que não demorou muito aparecer. Assim que ele chegou ao palácio as ruas foram liberadas e a gente pode transitar livremente.

Logo que desci do metrô fui abordado por um motorista de um tuk tuk. Eles ficam loucos quando vêem um turista! A partir daquele momento eu não tive sossego. Todo lugar que eu ia o tuk tuk ia atrás. Comecei a ficar nervoso com aquela situação e, em um determinado momento eu fui obrigado a falar com ele que ele estava me incomodando e que eu queria tirar minhas fotos à vontade. Ele me pediu muitas desculpas e saiu. Uns dez minutos depois, quando olhei do meu lado lá estava o rapaz novamente me seguindo! Fiquei bravo com ele, mas depois eu até me arrependi. Afinal, eles são muito pobres e precisam sobreviver. Daí a razão deles ficarem eufóricos com os turistas.

Bom, voltei ao hotel pra arrumar a bagagem e fui dormir mais cedo pra sair de manhã pro aeroporto. Logo que chamei o táxi o mensageiro veio fazer a vistoria do quarto e me pediu a chave, que é um cartão magnético como na maioria dos hotéis. Durante todo o tempo eu mantive o cartão em cima da mesa e naquela hora ele desapareceu! Não tive outra saída e precisei pagar pelo mesmo.

No caminho para o aeroporto eu fui fazendo um balanço de tudo que aconteceu comigo desde o dia que cheguei. Os sustos, as decepções, as frustrações, os lugares que eu eu visitei e as pesoas que eu tive a chace de conhecer. Chego a uma conclusão de que tudo valeu a pena! Vou levar comigo muitas lembranças dos momentos de triteza, de pavor e também de muita alegria!

Vou embora com um sentimento de amor e gratidão pelo povo indiano por ter me dado a oportunidade de conhecer uma cultura tão singular e diferente de tudo que eu conhecia! Aqui eu adquiri conhecimento e aprendi a ser mais humano.
Adeus India e obrigado por tudo!

domingo, 13 de novembro de 2016

Quinto dia na India.

Ainda era madrugada quando eu deixei o hotel para viajar até Agra, onde fica o famoso Taj Majal. Chamei um táxi pra me levar até o local combinado de encontrar o pessoal da excursãoe ao chegar ali descobri que "Mahamaya Flyover" era o nome de uma rodovia e eu imaginei que fosse um Shopping Center. Sem saber ao certo onde eu deveria esperar pelo ônibus pedi ao taxista para entrar em contato com o guia e se informar. Devido ao local onde estávamos ser muito movimentado o guia sugeriu que fôssemos para o ponto principal da partida que estava a uns 20KM.

Temendo não ter tempo hábil pra chegar ao local comecei a ficar nervoso sem contar que havia um monte de pernilongos dentro do carro fazendo a festa com um sangue estrangeiro. rsrs Finalmente chegamos e eu consegui embarcar para a viagem de 4 horas.

Não há como não estranhar as diferenças culturais neste país! Durante todo o percurso da viagem se via de tudo. Além do trânsito caótico, vacas deitadas nas estradas, pessoas vendendo comidas ou pedindo ajuda, poeira, bozinas, fumaça, etc.

Nossa primeira parada foi no Agra Fort, uma fortaleza exuberante que foi habitada por importantes personalidades da época e é também um Patrimônio Cultural da Humanidade. Em seguida nos dirigimos ao famoso Taj Majal que fica a
apenas 2,5KM dali. Como era domingo eu imaginei que o movimento lá seria tranquilo, entretanto me enganei completamente!

Logo na entrada milhares de pessoas se acotovelavam para passarem pela revista criteriosa. Abrem as bolsas, carteiras, vasculham tudo sem a menor cortesia! Passado o sufoco é hora de entrar atropelado pelos milhares de curiosos de todas as nacionalidades que vão ali para admirarem  o mauzoléu, símbolo da mais perfeita declaração do amor do imperador Shah Jahan por sua esposa.

Depois da euforia chega a hora de voltar para o ônibus, estacionado a uns dois KM do local. O guia nos havia advertido da dificuldade de se localizar o ônibus e nos informou onde o mesmo sfaria parado. Como n`ão poderia passar sem mais um contratempo eu acabei ficando perdido no meio da multidão ao pegar uma saída errada. Sozinho, no escuro e sem saber o que fazer entrei em pânico! Num dado momento apareceu um rapaz que notou o meu desespero e disse pra eu me acalmar que ele iria me ajudar. Ele chamou um policial e o mesmo me colocou na garupa de uma moto e saiu em desabalada carreira pra tentar chegar ao ônibus, pois só faltavam cinco minutos . Eu fiquei tão assustado com a situação que cheguei a pensar que iríamos sofrer um acidente com aquela moto desenfreada, fazendo malabarismos no meio da multidão!

Finalmente cheguei são e salvo!

Amanhã é o meu último dia aqui!

sábado, 12 de novembro de 2016

Quarto dia na India.

Sem conseguir dormir quase nada eu me levantei hoje bem cedo e saí sem destino. A primeira atitude foi uma caminhada de quase meia hora até a estação de metrô mais próxima do meu hotel. Assim como nos outros dias fui para o centro da cidade e resolvi tentar comprar a passagem para Agra, cidade onde fica o Taj Majal.

Hoje foi diferente porque pelo menos encontrei no metrô algumas pessoas que falavam inglês e pude me comunicar bem.  Uma delas gentilmente se dispôs a me levar em um centro de informações turísticas, mas chegando lá eu notei que era selelhante aos outros que eu tinha estado antes, que a conversa não agrada e você nota que é algo sem qualquer interesse de ajudar o turista e sim levar vantagem.

Cansado daquele vai e vem e sem resolver nada decidi voltar para o hotel para tentar descansar. Por volta das quatro da tarde eu comecei a procurar na internet empresas de turismo que e em um dado momento teve uma que me chamou a atenção. Deixava transparecer um ar de seriedade. Pra minha surpresa eu entrei em contato, fui muito bem atendido em acabei comprando a passagem de ônibus, já que de trem a
possibilidade havia se esgotado. O problema maior é que eu estava longe do escritório deles e precisava ir lá pra fazer o pagamento. só que isso era mais de 16h e o escritório fechava ás 17h.

Sai correndo como um louco, peguei um tuk tuk até o metrô  e depois de trocar de metrô três vezes consegui chegar a tempo! Agora preciso dormir, pois tenho que estar de pé ás 5h pra viajar. A viagem tem duração de quatro horas e a chegada de volta a Nova Delhi está prevista para as 22h.

Temi ir embora sem conhecer o local que foi a inspiração desta viagem, mas parece que vai dar certo. Amanhã  eu conto como foi.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Terceiro dia na India.

Nada melhor que um dia após o outro!
Depois de dois dias reclamando da minha decepção com a capital indiana as coisas começaram a tomar uma nova direção e eu já  começo a me simpatizar com a cidade!

Logo cedo fui visitar o Lotus Temple. Um local construído com o intuito de aproximar as pessoas de Deus, independente da sua raça, credo ou religião. O projeto é inspirado na flor de Lotus, que simboliza a pureza e é associada à adoração e à religião na India.

Dali peguei o metrô sem destino e acabei encontrando um lugar onde eu pudesse trocar dinheiro, já que o país está passando por um problema com notas falsas e os bancos atendem de uma maneira extremamente lenta, provocando enormes filas nas portas das agências. Enquanto eu esperava o cambista comecei a conversar com um casal europeu que estava ali com o mesmo propósito. Quando comentei com o rapaz que eu estava decepcionado com o lugar ele me disse: "Imagine que você está assistindo a um show e que esta é a sua única oportunidade. Viva este momento."

Aquilo me serviu de ânimo e eu comecei a ver as coisas de outra forma, apreciando uma cultura totalmente distinta da nossa e que, assim como outra, deve ser respeitada. Como neste local eu só consegui trocar 20 dólars eu resolvi entrar no Hotel Radisson pra tentar trocar mais. Ao ouvir o recepcionista me dizer que só trocava para seus hóspedes uma moça que estava ao lado começou a conversar comigo sobre o problema dos bancos. Conversamos por uns cinco minutos quando ela me perguntou, em inglês, de onde eu era. Ao ouvir a minha resposta ela sorriu e disse: "Eu também sou brasileira!" Ela me contou que está morando em Delhi há cinco meses e que está adorando. Me incentivou a não desistir da cidade e me deu várias dicas de passeios!

Em seguida encontrei um restaurante KFC que eu adoro, comi um lanche delicioso e voltei para o hotel me sentindo animado e feliz! Assim termina o meu dia. Amanhã tem mais...


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Segundo dia na India.

Mal amanheceu e eu já buscava uma maneira de conseguir sair da região que tanto me assustava! Fiquei no beco da entrada do hotel durante quase uma hora esperando o rapaz do tuk tuk que no dia anterior me levara pra tentar trocar dinheiro. Assim que ele apareceu peguei minha bagagem pra ir para o outro hotel que eu reservei também sem saber onde fica.

Pra minha surpresa o motorista me diz que o endereço é muito longe e que ele não tem autorização pra transitar na área por se tratar de outro município. O tal rapaz me sugere que eu vá com ele até um escritório de turismo mantido pelo governo indiano e que ali eu poderia pegar um táxi com segurança. Achei muito estranho quando ele me disse que eu não podia dar sinal na rua pra qualquer táxi e que, em sendo um turista, eu deveria ir ao tal escritório. Uma coisa muito maluca que você nota que está sendo enganado, mas se sente imopotente pra tomar qualquer decisão.

Aceitei a sugestão dele e chegando ao local já fui recebido por um atendente que me manda sentar e já começa a oferecer um monte de pacotes turísticos. Entendi por alto que eles trabalham dando informações turísticas e ganham comissão pra convencer as pessoas a comprar pacotes particulares. Em outras palavras, uma maneira de lesar os turistas!

Saí dali transtornado e acabei pegando um metrô depois de várias tentativas pra saber qual a linha eu deveria seguir. A maioria das pessoas não fala inglês! Sequer os funcionârios do metrô! Por outro lado, o metrô é muito limpo e confortável e as informações dentro do mesmo são dadas no idioma local e em inglês. Acabei descendo numa estação que ainda era bem longe do hotel e precisei pegar outro tuk tuk. (Outra maneiracde extorquir dinheiro dos turistas). Você precisa ser esperto e nunca aceitar o primeiro preço. Nesse caso veio uma turma de motoristas falar comigo e todos queriam 100 Rúpias. No final eu consegui pagar a metade e cheguei finalmente ao novo hotel!

A região nem se compara com a anterior, mas está ainda muito aquém das minhas expectativas! Não estou querendo ser exigente, apenas extremamente realista. A poluição em Delhi é assustadora! Os próprios moradores te orientam a não ficar mais de dois dias na cidade e a buscar alternativas como Agra e Jaipur, cidades próximas e longe da poluição da capital.

Fui caminhando por cerca de meia hora até a estação de metrô mais próxima e ao chegar lá, como eu sentia dor de cabeça e as vias respiratórias irritadas, resolvi voltar pro hotel e me isolar por mais uma noite!

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Primeiro dia na India.

Depois de uma longa jornada de quase 20 horas chego em Delhi, a capital da India!
Desembarco e vou direto para o setor de imigração. Várias filas e depois de muita espera sou atendido por um agente sem a menor vontade de ser gentil, aliás, notei isto em todos eles. Sem qualquer esboço de cortesia ele me manda colocar os dedos no scaner pra colher as impressões digitais e carimba o meu pasaporte. Lá fora vou procurar alguém do hotel que deve estar segurando uma plaquinha com o meu nome. Assim que o encontro ele me dá a notícia de que a cidade está um caos! Devido a um problema de falsificação de notas de 500 e mil Rúpias os bancos estão fechados por dois dias.

A caminho do hotel o combustível acaba e ele, muito envergonhado, me pede desculpas e entra numa enorme fila num posto de gasolina. Ele me explica que aquela fila é resultado do problema com o dinheiro. Muito educado o motorista começa a me contar sobre a sua vida difícil pra conseguir sobreviver. Ele diz que a esposa e a filhinha de apenas 10 meses estão no Nepal e ele não as vê há sete meses.

Depois de uns 40 minutos vamos entrando na região do hotel e eu começo a me assustar! Edifícios antigos que lembram uma cidade após um terremoto, todos em uma situação estremamente precária, um barulho ensurdecedor, um cheiro de perfumes e incensos que contrastam com a fumaça da poluição e uma correria, buzinas etc.

Infelizmente há casos que não posso relatar por uma questão de respeito ao povo indiano, afinal, este é o mundo deles, apesar de ter me causado um enorme choque cultural!

Assustado eu me fecho no quarto do hotel e fico sem reação! Depois de horas analisando a situação eu decido que vou me mudar de hotel. Encontro na internet um numa região aparentemente bem diferente de onde eu estou. Fiz a reserva e vou pra lá amanhã cedo, apesar de já ter pago por todo o período aqui e não haver chance de ressarcimento. Será que amanhã os acontecimentos me fazem ter outra visão da capital indiana?